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#daowinelover TNday

Nascida há cerca de um ano da vontade do Rui e do Miguel a iniciativa #daowinelover pretende juntar os amantes do Dão e divulgar a região e os seus produtores. Esta iniciativa mostra o papel que a comunidade blogger pode ter na promoção do vinho e das regiões. Por sua iniciativa têm vindo promover eventos de divulgação dos vinhos e dos produtores do Dão, como o #daowinelover Private Celler em que participei. Aprofundaram laços que já tinham com os produtores e estes têm visto neles aliados. Se eu dificilmente conseguiria assumir um amor monógamo por uma região também ao Dão vou buscar algumas das paixões da minha enofilia polígama.

#daowinelover TNday - reservarecomendada.blogspot.pt

Desta vez tratava-se de provar a Touriga Nacional que se tornou bandeira nacional mas que se diz ter no Dão o seu berço. Confesso que não será das minhas castas favoritas pelo seu caráter marcadamente floral especialmente enquanto mais jovem. Mas esta sua característica é também o que lhe dá um carácter invulgar que a torna numa das castas portuguesas com maior potencial de internacionalização como aliás tem sido o caso. Isto é complementado pela sua estrutura e capacidade de envelhecimento que faz dela uma casta de classe mundial. A sua versatilidade é também digna de nota pois além dos tintos é usada como uma castas principais do Porto e frequentemente usada com muito sucesso para vinificar rosés e espumantes (brancos, rosés ou tintos) beneficiando da sua riqueza aromática e acidez que lhe dá frescura.


Rumámos pois Claro! à Casa da Palmeira onde o Vítor foi o nosso anfitrião. Depois da nossa visita em Maio eu e a Ana andávamos com vontade de voltar e esta foi uma boa oportunidade. Marcaram também presença 12 produtores com 19 vinhos a saber:
  • Magnum Vinhos (Ribeiro Santo Touriga Nacional 2011)
  • Quinta das Marias (Quinta das Marias Touriga Nacional 2007 e 2011)
  • Quinta de Lemos (Quinta dos Lemos Touriga Nacional 2007 e 2009)
  • Quinta do Escudial (Quinta do Escudial Touriga Nacional 2011)
  • Quinta dos Carvalhais (Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 1998 e 2010)
  • Quinta dos Roques (Quinta dos Roques 2002 e 2011)
  • Caminhos Cruzados (Titular Touriga Nacional 2011)
  • Casa da Passarella (Passarela Touriga Nacional 2008 e Villa Oliveira Touriga Nacional 2009)
  • Casa de Mouraz (Casa de Mouraz Private Selection 2009 e 2011)
  • Dão Sul (Cabriz Touriga Nacional 2010 e Casa de Santar Touriga Nacional 2010)
  • Fonte de Gonçalvinho (Fonte Gonçalvinho Touriga Nacional 2010)
  • Júlia Kemper (Julia Kemper Touriga Nacional 2010)

Dos 19 vinhos apresentados apenas os vinhos da Casa de Mouraz não eram estremes de Touriga Nacional estando esta no entanto bem representada no lote destes vinhos. Cada produtor apresentou e contou as histórias dos seus vinhos e da sua Touriga Nacional enquanto dava os vinhos a provar dando assim contexto áquilo que tínhamos no copo.


As linhas condutoras que ligaram os vinhos e que mostravam algumas das características fundamentais da Touriga Nacional foram a cor granada muitas vezes com notas violeta, sendo opacos ou quase opacos, os aromas florais com destaque para as violetas e seu corpo elegante e estruturado. Dos vinhos em prova achei que alguns estariam um pouco fechados podendo beneficiar de algum tempo no copo, na garrafa ou de serem decantados. Mas este é um problema incontornável deste tipo de provas que nem sempre se dá o tempo necessário aos vinhos para poderem mostrar todo o seu potencial. Certos vinhos precisam de ser bebidos em casa com tempo e sem pressas para serem apreciados em toda a sua plenitude.


Por outro lado outros menos tímidos deram logo ali o ar da sua graça. Como o Quinta do Escudial Touriga Nacional 2011 trazido por José Marques da Silva e sua esposa que transbordam de paixão pelo vinho fazendo da não utilização de madeira uma imagem de marca. O Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 1998 terá sido o primeiro vinho desta quinta provado pelo Rui e que continuava com uma cor maravilhosa e em plena forma sem mostrar a idade. Outro dos vinhos que gostei bastante foi o Quinta dos Roques Touriga Nacional 2011 que mostrava no nariz o floral da casta complementado por algum licorado. De uma casa histórica da região vinha o Casa de Santar Touriga Nacional 2010 com alguma austeridade e extrema elegância. Finalmente o Julia Kemper Touriga Nacional 2010 quase tão exuberante quanto a Julia que o trouxe e lhe dá o nome e que deu bastante prazer beber.


E assim nos deixamos ficar à conversa entre amigos e entre vinhos e como as dietas liquidas não costumam dar bons resultados veio o Vítor em nosso auxílio com salmão, presunto e hambúrguer em forma de mini sanduiches. Passou por lá ainda um mini Caldo Verde que reconforta sempre o espírito havendo ainda espaço para uma sobremesa. Estava então na hora de rendermos a equipa de babysitting que tínhamos em casa e despedimo-nos destes nossos amigos até uma próxima oportunidade.


Artigo originalmente publicado na Tourvinico.



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