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Encontro com o Vinho e os Sabores 2012

Depois da labuta gastronômica que foi o passeio das tabernas lá chegamos às portas do Centro de Congressos de Lisboa por volta das 16h30. Acabamos por ficar algo limitados pelo tempo que dispúnhamos dentro do recinto do evento pois o encerramento das portas seria às 20h. Mas depois de 5 horas a passear pelas tabernas de Lisboa uma visita mais curta até era bem-vinda.

Encontro com o Vinho e os Sabores 2012 - reservarecomendada.blogspot.pt

Como vem sendo norma este ano nos eventos de vinhos o recinto estava já àquela hora bastante cheio, sendo já difícil de circular, apesar de o espaço ser relativamente grande. Até a própria organização terá subestimado a adesão pois a partir de certo momento em vez do copo oficial do evento (um Schott-Zwiesel da gama Vinã, muito elegante por sinal) passou a ser distribuído o Din Sensus também da Schott Zwiesel usado no evento até há uns anos atrás. Parece-me que no próximo ano os organizadores dos diversos eventos de vinhos a realizarem-se em Portugal poderão ter de rever o formato de realização de modo a conseguirem fazer face ao crescente numero de visitantes.

Entrámos e ficamos logo por ali na banca da Murganheira. Eu tenho de confessar que quando comecei nestas lides do vinho os espumantes não me entusiasmavam muito. A má memória dos espumantes doces manhosos, que pululavam as comemorações familiares, afastava-me. Mas felizmente a Ana, como verdadeira gaja que é, gostava de espumante e paulatinamente lá fomos trilhando o caminho do gosto pelo espumante. A Murganheira tinha quase toda a sua gama a prova. Quase todos são bons, mas especialmente bons estava o Murganheira Czar Grand Cuvée Rosé 2005, o Murganheira Millésime Bruto 2005 e o Murganheira Grande Reserva Bruto 1999. Mas havia um que conseguia ficar um pouco acima de qualquer destes, o Murganheira Vintage 2005. O 2004 era considerado por alguns como o melhor espumante português e eu há uns meses atrás até comprei uma garrafa para oferecer à Ana. Ainda não provei o 2004 mas este 2005 deverá ter um nível comparável senão superior.

Passámos depois pela banca da Quinta da Seara D'Ordens que conhecia mal e que fiquei com vontade de conhecer melhor. Bons e vinhos, com boas relações qualidade preço e o bom pedaço de conversa sobre os vinhos.

A Niepoort têm quase sempre qualquer coisa que me atrai a atenção em especial. Mais do a gama "normal" de vinhos da Niepoort, normalmente é a gama Niepoort Projectos que me cativa. A Niepoort Projectos é uma marca criada pela Niepoort onde o Dirk Niepoort dá largas à sua paixão pelo vinho fazendo vinhos diferentes e quase experimentais onde usa castas diferentes ou processos de vinificação diferentes. Além disto esta marca também tem servido para fazer a distribuição de vinhos selecionados pelo próprio Dirk. Foram uns destes que estavam à prova e que desviaram a minha atenção. Eu já tinha visto no El Corte Inglés e na Garrafeira Nacional os Vinhos do Bussaco à venda. Isto é uma novidade pois até à pouco tempo estes vinhos, produzidos pelo Bussaco Palace Hotel, eram vendidos exclusivamente nos hotéis do grupo. Eu até já tinha aproveitado para comprar um garrafa e assim ter a oportunidade de provar estes vinhos míticos. O que eu não sabia era que a distribuição estava a ser feita pela Niepoort Projectos. São vinhos únicos e maravilhosos feitos com uvas provenientes do Dão e da Bairrada e por isso com a denominação de Vinho de Mesa. A Niepoort Projectos proporciona-nos assim um oportunidade para ter uma pequena amostra dos que são estes vinhos. Uma pequena amostra, pois todas as outras colheitas, desde meados do século passado, que ainda estão disponíveis e que repousam nas caves do Bussaco Palace Hotel continuam a estar só disponíveis nos hotéis do grupo.


Outra das bancas por onde ficamos algum tempo à conversa foi na banca da Adega de Borba onde reforcei a minha fé nos Rótulos de Cortiça. Se o último Rótulo de Cortiça Reserva Tinto 2008 não era novidade para mim, já o Reserva Branco 2011 e o Grande Reserva Gold Tinto 2009 eram novidades fresquinhas. O Rótulo de Cortiça Reserva Branco já não se fazia há 30 anos e pelo que provei valeu a pena esperar pois parece estar à altura dos pergaminhos da marca e deverá ter uma longevidade condizente com o rótulo. O Grande Reserva Gold Tinto 2009 é lançado no mercado pela segunda vez depois do 2007 e também parece estar plenamente à altura dos objetivos a que se propõe.

Parámos também para uma conversa na Quinta das Apegadas. Conhecemos a Quinta das Apegadas já há alguns ano, num dos primeiros Porto & Douro Wine Show a que fomos. Ao longo do tempo fomos reencontrado os proprietários em diversos eventos e normalmente paramos sempre para provar os vinhos e conversar um bocadinho. Esta vez não foi exceção. Entre outras coisas conversamos sobre a convicção que tenho do mérito da utilização de madeira usada no estágio do vinho apesar de reconhecer o trabalho que isso deve dar. Convicção que parece ser partilhada na Quinta das Apegadas, onde António Amorim o proprietário dizia não se lembrar de alguma vez ter deitado fora uma barrica. Provei o novo Apegadas D 60 Grande Reserva Tinto 2009 que me seduziu pela sua grande elegância. Fiquei triste quando soube que pelo menos parte das vinhas que lhe deram origem teriam sido arrancadas.

E quando demos por isso eram 20h e o evento estava a encerrar. Para o ano há mais.

Dias com Mafalda - www.wook.pt

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