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Couteiro-Mor Antão Vaz 2001

Já não é a primeira vez que falo por aqui deste vinho. Terá sido uns primeiros vinhos brancos que apreciei sem reservas nem preconceitos. E talvez até tivesse sido mesmo este 2001 a primeira colheita que provei. De uma colheita posterior viria ser o vinho branco servido no meu casamento. Por isso é um convidado sempre bem-vindo à minha casa.


Ora, pelo aniversário do meu pai, o seu irmão mais velho, meu padrinho, ofereceu-lhe esta garrafa que tinha para lá perdida. O meu pai desconfiou dos 11 anos neste branco mas sabendo do meu apreço por vinhos velhos disse ao meu padrinho que iria guarda-la para a beber comigo. Eu também desconfiei. Não tinha a certeza das condições em que a garrafa tinha sido guardada e os vinhos brancos com este perfil e da casta Antão Vaz não são especialmente famosos pela sua longevidade. Pensei que na melhor das hipóteses teria ganho um perfil mais doce, quase ao estilo de um colheita tardia, que eu não desgosto mas que não é tão fácil de emparelhar com comida.

Com uma expectativa muito contida, lá abri a garrafa e libertei este vinho da sua clausura de 11 anos. A cor era um amarelo palha, mais escuro do que habitual neste vinho, mas límpido e cristalino. Bom pronúncio... Ao cheirar, alguma incredulidade começou a invadir-me... Levei-o à boca e um enorme sorriso invadiu-me o espírito. Para minha grande surpresa, tinha ainda notas de fruta tropical bem presentes. Guloso na boca e com uma untuosidade dada apenas pelo tempo, pois este vinho, tanto quanto sei, nunca terá sido estagiado em madeira. Uma acidez bem presente e bem casada. Foi um dos melhores vinhos brancos que bebi nos últimos tempos, e acreditem que tenho bebido muitos e bons vinhos brancos ultimamente. Fiquei na dúvida se não aguentaria outros tantos anos…

Se por acaso tiverem mais destes vinhos brancos estragados perdidos nas vossas despensas, podem mandar cá para casa que eu encarrego-me de lhes fazer a reciclagem...

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